“Às urtigas!”

Assim se faz uma grande refeição, com um branco de Sauvignon Blanc que é verdadeiramente um livro aberto sobre a casta e sobre as virtudes que ela tem naquela região do Loire e um tinto luxuoso, vibrante, uma verdadeira peça de joalheria vínica pelo polimento, pelo aroma muito delicado, pela perfeita integração da madeira. É verdade que é sobretudo o produto da vinha (Urtiga) mas, como se imagina, uvas de luxo em mãos amadoras não dão grande resultado. O vinho é caro mas a casa (Ramos Pinto) tem história que baste para o colocar na casa dos €300. Esta é a verdade que muitos amadores se esquecem: só se vende muito caro se houver uma boa «carreira» anterior. Isso de vender caro porque ah e tal o meu vinho é de vinhas velhas, é história para meninos. Infelizmente, como diria o António Silva, na Canção de Lisboa: «deste, já não há mais…!» JPM