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História do vintage tardio

Os vinhos do Porto da categoria Late Bottled Vintage são hoje, todos sabemos, das melhores compras que o Porto tem para oferecer. São vinhos de qualidade superior, engarrafados entre o 4º e o 6º ano, e têm inúmeras vantagens: preço convidativo, podem ser bebidos de imediato ainda que possam viver muitos anos em garrafa, não requerem cerimonial algum e estão acessíveis porque as empresas o fazem todos os anos. Só vantagens.
Acontece que nem sempre foi assim. Durante muitas décadas do século passado, empresas havia que engarrafavam o Vintage mais tarde e indicavam isso no rótulo, como o que ilustra este texto. Tínhamos então Vintage em letras gordas e depois, num corpo de letra bem mais pequeno, a palavra Late Bottled. Para harmonizar tudo o (então) IVP criou legislação mais específica para que acabasse a confusão: assim, a palavra Late Bottled Vintage passou a ter de surgir escrita numa só linha, na mesma cor e com o mesmo corpo de letra. Foi em meados dos anos 60 que saiu esta legislação e os primeiros L.B.V. (também podem ser indicados assim) saíram em 1970, creio que da Taylor’s. Creio também que algumas empresas teriam em casa vinhos que respeitavam a nova nomenclatura e foi assim que já bebi (e tenho uma garrafa) de um L.B.V. da empresa Burmester de 1964. Muito, mas mesmo muito anterior à legislação é também o L.B.V. da Ramos Pinto, da década de 1920. Actualmente alguns L.B.V. também podem indicar no rótulo Unfiltered ou Bottle Matured. Há L.B.V. filtrados (de mais fácil manuseamento) e não filtrados mas nem sempre isso vem indicados nos rótulos. Continuamos a ter de nos informar. Fica para a próxima alteração legislativa, digo eu…

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