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Há vinhos eternos?

Não sei responder a esta questão nem sei mesmo se é importante descobrir a resposta. A verdade é que há vinhos que, na prova, nos dizem que tendencialmente são eternos. É raro haver a oportunidade de provar um vinho como este cuja foto ilustra o texto, um Madeira Verdelho 1850. Antes de mais há que considerar o seguinte pormenor. O vinho não tinha selo do Instituto dos Vinhos da Madeira. Isso por si não diminui a qualidade do que lá está dentro mas avisa-nos para a hipótese da data não estar correcta. Muito provavelmente era uma vinho particular e a data foi pintada na garrafa. Isto acontece com frequência com vinhos da Madeira antigos e é tema que temos de ter em conta. Mas vamos ao que interessa: o vinho apresentava-se bastante claro na cor mas com imensos tons esverdeados que certificam a muita idade do vinho. O aroma continha o rancio, o iodo, o salgado e o lado austero mas elegante (e seco) que marcam os grandes madeiras. Este era um vinho intemporal, memorável a todos os títulos. Não me preocupa muito a veracidade da data pintada. Chega-me saber que foi dos melhores madeiras que tenho provado nos últimos anos. Aparecem por vezes em leilão vinhos destes. Há que estar atento…

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