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Respect!

Quando «isto» nos cai no copo ficamos com as dúvidas todas: será um Porto, será um licoroso de outra origem? será um branco oxidado, um tinto velho?
Tenho pena que esta foto não tenha ilustrado a crónica que sairá na próxima sexta feira no Expresso mas tinha pouca resolução e por lá não se brinca em serviço.
Confesso também que foram poucas as vezes, em mais de 40 anos de provas, que me deparei com uma cor assim. Dizer que era linda é muito pouco, era verdadeiramente deslumbrante e logo o aroma me disse que estávamos perante algo muito especial. Era um tinto da quinta da Aguieira, talvez de 1965. Digo talvez porque era tanta a sujidade e o pó do rótulo que foi mesmo por palpite.
Delicadeza no seu estado supremo, notas licoradas, todo ele em finesse e requinte. Um prazer enorme na boca, um tinto desconcertante que nos deixa a pensar muita coisa: como foi feito, com que castas, como terá sido o clima naquele ano e, com menor carga poética, com que é que se bebe isto??? A resposta é simples: a solo, meditando sobre o sentido da vida. Foram precisos 40 anos para me defrontar com uma «coisa» assim. Oremos! ou como se diz agora a torto e a direito: Respect!

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